Fotos Raras, de 1960: Paulistano Futebol Clube – Niterói (RJ)

Paulistano Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). O clube Alvirrubro da Vila Ipiranga foi Fundado no sábado, do dia 13 de janeiro de 1923.  Originário do bairro Fonseca, em Niterói, o Paulistano disputou os campeonatos citadinos da antiga capital do estado do Rio de Janeiro pela Liga Niteroiense de Desportos. Nos anos 60, era Em filiado a Federação Fluminense de Desportos (F.F.D.).

Nesse período faturou alguns títulos: Campeão do Torneio Popular de Niterói, em 1960; Campeão do Torneio Última Hora (Jornal), em 1961; e Campeão do Torneio da Amizade, em Niterói, realizado no Estádio da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, em 1961.[

Também nessa época o Paulistano viveu momentos de alegria e tristeza com o Estádio Popular, localizado na Alameda São Boaventura, s/n – Bairro do Fonseca, em Niterói. Na administração de Jonas Bahiense, secretário do Trabalho e Jorge Cury, presidente do IPS, a Instituição de Previdência Social do funcionalismo do Estado mandou preparar na área fronteira à Vila Ipiranga uma Praça de Esportes que recebeu o nome de ‘Estádio Popular’.

Como o Paulistano Futebol Clube havia perdido o seu campo de mais de 30 anos naquele local, o IPS, com toda justiça e acerto, deixou entregue ao alvirrubro o novo gramado.

Ultimamente, entretanto, uma série de desencontrados comentários têm surgido, inclusive de que o Paulistano perderia a preferência em face da pressão que vinha sofrendo o atual presidente do IPS. Todavia, domingo último (28 de maio de 1961), o Governador Celso Peçanha (foi governador do Estado do Rio de Janeiro, pelo Partido Social Democrático [PSD], entre 1º de março de 1961 a 7 de julho de 1962) visitou o Estádio Popular e a Vila Ipiranga onde palestrou demoradamente com o Sr. Valter Autu da Costa, tudo fazendo crer, agora, que a “nuvem negra” desapareceu.

Aliás, o Paulistano é uma entidade que está, perfeitamente, enquadrada no Decreto Lei 3.199 e disputa o Campeonato oficial, o que leva a crer que as próprias autoridades jamais deixarão que algo aconteça em relação ao Estádio Popular e o Paulistano.

Que o Bernardino Futebol Clube realize o “Torneio Governador Celso Peçanha” entre os clubes avulsos, mas também que não se prejudique uma tradicional e velha agremiação desportiva do Bairro do Fonseca, onde nasceu e tem sua vida social-esportiva até hoje.

No entanto, após a saída do presidente do IPS, Jorge Cury, os demais presidentes pegaram o estádio de volta e, simplesmente, fecharam. Dois anos depois o local já estava num estado deplorável: a grama virou o mato, os vestiários depedrados.

O local virou um jogo político com acusações aos secretários do trabalho daqueles períodos. Segundo, a reportagem do jornal Última Hora, o responsável por essa situação foi Américo Miotti, ex-chefe do gabinete  e o “Homem Forte” da administração Camilo Silva. Ele fez de tudo para tirar das mãos do Paulistano Futebol Clube o privilégio de zelar pelo campo.

FONTE: Jornal Última Hora

 

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